Para a edição da @casacorsc 2022, @julianaloffioficial materializa a “Casa Vou de Rosa”, uma arquitetura conceito e com muitos significados, inspirada na própria experiência de vida. A profissional expressa na arquitetura um pouco dos sentimentos que afloraram durante o tempo que enfrentou o câncer, por duas vezes. A proposta faz total conexão com o “Infinito Particular”, tema que inspira os projetos deste ano, nas mostras pelo Brasil.
Juliana construiu uma casa modular de 80 m2 no pátio da Escola Silveira de Souza, local da exposição em Florianópolis. Prática de montar e também desmontar. A ideia é apresentar ao público uma solução de arquitetura nômade, renovável, que se adapte ao estilo de vida do morar contemporâneo, evitando o mínimo de descarte e desperdício.
Para criar as ambientações de interiores, ela fugiu do comum a partir de soluções versáteis e fluidas. Aliás, durante a mostra, Juliana lança uma coleção de mobiliário, desenhada por ela, enquanto estava no hospital para tratamento. As peças enaltecem linhas orgânicas e de usos flexíveis, como uma bancada de maquiagem, uma mesa de jantar acompanhada de um sofá, um bar, uma mesa de cabeceira, uma cama, um carrinho de chá, um closet articulado e prateleiras.
"Pensei em tudo que poderia ajudar a elevar a minha autoestima, como olhar no espelho, colocar uma roupa legal, receber os amigos", explica.
Quando se trabalha com uma casa, literalmente, montada, como se fosse um lego, a arquitetura ganha um salto, na opinião da arquiteta. Isso porque o morador pode levar o seu ninho na “bagagem”. Muda de cidade, de lugar, mas a casa vai junto, com as mesmas características e com o mínimo de desperdício. “É uma arquitetura que estimula a sensação de pertencimento do lugar que habitamos, que tem a nossa identidade”, diz Juliana Loffi.
Autor(a): Rosiley Souza
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