De acordo com a Federação Internacional de **Diabetes** (IDF), existem hoje no Brasil mais de 15 milhões de pessoas vivendo com **diabetes**. A previsão é de que até o ano de 2030, esse número suba para mais de 19 milhões. Outra estatística alarmante é que a **doença** é muito mais prevalente na população feminina, chegando a atingir 57% das mulheres.
O endocrinologista e docente do Instituto de Educação Médica (Idomed), Alexandre Silva, explica que nos últimos 15 anos, foi registrado um aumento de 54% nos diagnósticos de **diabetes** em mulheres. “Contribui para isso o fato **de que** as mulheres buscam mais os serviços de saúde, o que aumenta a chance de diagnóstico precoce. Além disso, existe o fato **de que** as mulheres podem desenvolver **diabetes** durante a gestação, o que aumenta o risco de **diabetes** permanente na vida adulta”.
O **diabetes** é uma síndrome metabólica decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina exercer adequadamente seus efeitos, o que provoca aumento da taxa de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente. Ele pode ser provocado por diversos fatores como idade, excesso de peso, sedentarismo, hipertensão arterial, histórico familiar e alterações nas taxas de colesterol e triglicérides sanguíneos.
**Na gestação:**
Na gestação, a **diabetes** afeta aproximadamente 15% das gestantes em todo o mundo, sendo uma das complicações médicas mais comuns da gravidez segundo o IDF. “Isso ocorre porque a gestante deve prover nutrientes e elementos indispensáveis ao feto, como a glicose. Assim, ocorrem alterações no corpo que podem resultar em hipoglicemia de jejum, catabolismo (quebra) exagerada de moléculas de lipídios e aumento progressivo de resistência insulínica, esta última devido principalmente à ação de hormônios contrainsulínicos, como o lactogênio placentário e estrogênio, mais elevados na gestante e que reduzem o efeito da insulina, estimulando uma maior produção **desta**”, explica o docente do **IDOMED**.
As mulheres com **diabetes** que planejam engravidar devem reforçar seu tratamento como parte do planejamento pré-concepcional. “Elas devem controlar seus níveis glicêmicos, o que inclui tomada correta dos medicamentos, atividades físicas regulares, dieta saudável com baixa ingestão de carboidratos e consultas médicas regulares. Isso diminuirá o risco de complicações tanto para o feto quanto para a gestante”, explica Dr. Alexandre Silva, acrescentando que o problema pode acabar logo após o parto, mas é importante que as mulheres façam um novo teste de sobrecarga de glicose após seis semanas do parto.
Autor(a): Rosiley Souza
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