“A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Esta frase escrita por Vinícius de Moraes no Samba da Bênção composto por ele e Baden Powell foi trazida pelas historiadoras da arte Luciane Garcez e Sandra Makowiecky para fazer referência ao trabalho da artista visual, apresentado no catálogo "Patricia Di Loreto - Encontros coloridos e os tecidos da vida invisível". O lançamento acontecera dia 26 de julho, às 18h30, na Helena Fretta Galeria de Arte. O evento terá uma conversa entre a artista e a organizadora do catálogo Francine Goudel, seguido de distribuição gratuita de exemplares.

A publicação, resultado do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2023, e a primeira reunião impressa de obras da artista, com pinturas produzidas entre 2011 e 2024. “O cata logo representa va rios anos de trabalho, a alegria de saber que minha busca pla stica tem sentido. Com o lançamento vislumbro um outro momento, a obra que vira . Se fecha um ciclo, de anos de trabalho. Sinto que entrego ao mundo meus conhecimentos”, comenta Patricia.

Obras de cinco se ries foram reunidas no cata logo: Alegorias, Alquimia, Entre Rojos y Azules, Rizomas, e Meetings. Cada conjunto de trabalhos acompanha trechos da fala da artista e fragmentos extrai dos de uma entrevista dada pela artista à Francine Goudel, que ajudam a estruturar o pensamento de Patricia sobre a sua produção.

E por meio das cores e das linhas que a artista expressa e compartilha sua percepção de mundo e um profundo olhar sobre a natureza humana e seu comportamento. "Pinto a cultura, os costumes, a memo ria, as pessoas ao entorno de seus mitos e histo rias. A arte e o local onde encontro as respostas para minhas perguntas, e as questões estão literalmente nos trabalhos que crio", revela a artista em um trecho da entrevista.

Ale m disso, a edição traz o texto cri tico "Encontros coloridos e os tecidos da vida invisi vel", escrito por Luciane Garcez e Sandra Makowiecky. “Se existem traços distintivos em Patricia Di Loreto, podemos afirmar sem erro que são as cores e os encontros”, escrevem as historiadoras no texto do catálogo, reafirmando que "as cores são postas no seu justo lugar”.

Foi no Brasil que a artista visual argentina, nascida em Lomas de Zamora, provi ncia de Buenos Aires, encontrou cores e cenas estimulantes que refletiram em uma nova composição na sua produção. Visitante frequente do pai s desde o ini cio da de cada de 2010, decide em 2018 fixar residência na Ilha, movimento que refletira integralmente em seus quadros por meio de uma mudança nas representações de mundo.

Na foto: Obra Revolução (Crédito Sidney Kair)

Autor(a): Rosiley Souza