No estado de Santa Catarina, hospitais filantrópicos associados à Associação de Hospitais do Estado de Santa Catarina (AHESC) e à Federação de Hospitais e Entidades Filantrópicas de Santa Catarina (FHESC) têm se destacado por ações que priorizam o atendimento humanizado e integrado à saúde mental, promovendo iniciativas de suporte psicológico tanto para pacientes quanto para suas equipes.

O Hospital Izolde Dalmora, em Lindóia do Sul, é uma referência estadual em cuidados prolongados (UCP) e um dos pioneiros no suporte especializado à saúde mental, especialmente no atendimento a crianças e adolescentes. "Nossa abordagem é centrada na humanização do cuidado, com uma equipe multiprofissional que se reúne semanalmente para discutir o quadro clínico de cada paciente e ajustar os tratamentos conforme necessário", explica Joercio Dalmora, diretor da instituição. 

O Hospital trabalha com três pilares no cuidado à saúde mental: prevenção, percepção e tratamento. Entre as iniciativas voltadas à equipe, há treinamentos regulares sobre a abordagem correta dos pacientes, além do suporte psicológico oferecido aos colaboradores. "Nosso projeto 'Emoções' é uma dessas iniciativas, buscamos reforçar a empatia e o comprometimento com os pacientes, além de valorizar o trabalho dos profissionais de saúde", complementa Dalmora. Ações como homenagens, dinâmicas de grupo e o "Prontuário Afetivo", que registra preferências pessoais dos pacientes para um atendimento mais humanizado, são alguns dos exemplos que integram esse projeto.

O Hospital Santa Luzia, em Ponte Serrada, também se destaca no atendimento à saúde mental. "Nosso Projeto Terapêutico Singular (PTS) permite discussões semanais sobre os tratamentos individualizados de cada paciente, sempre envolvendo a família e a rede de apoio local", afirma Laisa de Lourdes Mendes, gerente institucional do hospital. Em parceria com instituições como SENAC e SENAR, o hospital também promove a inclusão social de seus pacientes por meio de cursos profissionalizantes, iniciativa que já formou 25 pessoas e segundo Laisa, causou impacto positivo nos pacientes.  

Além disso, o Hospital Santa Luzia adotou práticas integrativas como Aromaterapia, Arteterapia e Auriculoterapia, além de promover rodas de conversa, palestras e atividades lúdicas como caminhadas e jogos de tabuleiro, que proporcionam momentos de relaxamento e interação entre os pacientes. Em 2024, a instituição lançou um Centro de Estudos dedicado à saúde mental, que busca incentivar o debate sobre práticas terapêuticas com foco na empatia e na comunicação não violenta. A publicação do livro "Histórias que Ouço na Clínica", em parceria com a autora Kiane Berté, foi outro marco importante, reunindo relatos de superação dos pacientes ao longo de dois anos de pesquisa.

“Os hospitais associados à AHESC e FHESC estão desempenhando um papel fundamental no acolhimento e na recuperação dos pacientes, sempre com foco no bem-estar de todos os envolvidos”, afirma Alciomar Marin, Diretor Executivo da AHESC-FHESC.

Autor(a): Rosiley Souza