Você olha para o lado e, de repente, só se fala no Metaverso. Marcas fazem ativações, artistas lançam obras de arte, avatares são criados e a gente se pergunta o que fazer para não ficar para trás. Mas será que todos já entendem o potencial do metaverso? Para a pesquisadora Simone Keller Füchter, apesar de ser o assunto do momento, o Metaverso não é um conceito novo, mas sim o resultado da evolução das tecnologias - e o que o torna tão especial é a possibilidade de unir o mundo real ao mundo virtual de uma forma que explora mais os espaços tridimensionais (computação espacial). Apresenta grande capacidade de exploração econômica e também oferece mais ferramentas nas interações entre as pessoas (por exemplo, o avatar) “Isso abre muitas possibilidades em diferentes áreas - e também na educação”, diz.
Este será o tema de uma mesa redonda que terá a participação da professora na quarta-feira (26), como parte da programação do Seminário de Extensão, Pesquisa e Internacionalização (SEPESQI). O evento tem uma programação virtual que deve receber mais de 2.500 trabalhos científicos e reunir mais de 100 mil pessoas entre estudantes, professores e pesquisadores. Simone também vai participar de um bate-papo presencial sobre o tema na Estácio São José na quinta-feira (27), a partir das 8h30min.
“O metaverso é uma evolução da internet e uma grande ferramenta de transformação de diversas áreas - como o marketing, a educação, entre outras. A possibilidade de poder interagir em tempo real de forma lúdica, abre espaço para muitos aprendizados. É importante debater esses pontos no ambiente acadêmico”, diz Simone.
Em sua terceira edição, o SEPESQI tem como tema “Tecnologia e Inovação: Limites e Possibilidades do Metaverso”. O evento, que acontece virtualmente e presencialmente nos dias 26 e 27 de outubro, terá a presença de convidados nacionais e internacionais e vai debater a importância das TEDs (Tecnologias Digitais na Educação) no processo de aprendizagem.
Segundo Thais Lacerda, coordenadora geral do SEPESQI, discutir os efeitos da aplicação da internet 4.0 no ensino superior evidencia a percepção da comunidade acadêmica sobre a importância do entrelaçamento das inovações tecnológicas e de seus impactos no processo de aprendizagem. “Esse tema já ganha efervescência nos fóruns de economia, inovação e novas perspectivas no mercado de trabalho, logo, nada mais justo que trazer essa discussão para dentro do nosso Seminário”, diz Thais.
A discussão proposta nesta edição caminha para uma análise do questionamento sobre a forma criativa e envolvente da utilização dos mundos digitais em 3D. Ao utilizarmos todo potencial do Metaverso sem o tratarmos apenas como uma novidade, mas sim como uma inovação que pode contribuir efetivamente para a mediação pedagógica no processo de aprendizado, construímos, juntos, um novo e grande fórum de discussão integrativo.
“Neste momento desafiador, pensamos o Metaverso não apenas como uma rede de mundos virtuais, que tenta simplesmente replicar a realidade, mas como caminho alternativo para propor projetos de pesquisa, extensão e internacionalização que viabilizem, de forma integradora, conexões institucionais e educacionais para um mundo melhor”, diz Thais.
As inscrições são gratuitas e já estão disponíveis ao público pelo site https://sepesqi.com/ . O Seminário conta com a parceria das instituições de ensino superior Estácio e Wyden que também realizarão ações presenciais abertas à população nos campi participantes.
Autor(a): Rosiley Souza
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