O Cidades Invisíveis expande sua atuação e chega a São Paulo com um novo Bonsai na comunidade Jardim Panorama. Ainda no primeiro semestre deste ano, a unidade vai oferecer aulas de informática, boxe, oficina de estética e futebol social para moradores da comunidade em situação de vulnerabilidade social. A inauguração da Unidade Social foi feita no último mês.
Inspirado no pensamento de Muhammad Yunus, laureado com o prêmio Nobel da Paz em 2006, que disse "pessoas pobres são como bonsais, não há nada de errado com sua semente, a sociedade que nunca lhes oferece o espaço para crescer", o Cidades Invisíveis, através do programa, tem como missão ser referência no combate à pobreza, desigualdades e exclusão social por meio da implementação de projetos que gerem oportunidades, autonomia e inclusão.
A proposta do Programa Bonsai é oferecer espaços que tragam aos indivíduos em situação de vulnerabilidade, uma oportunidade. “Diante da complexidade dos problemas sociais das pessoas que encontramos em nosso caminho, e visando ajudar suas vidas, desenvolvemos uma metodologia que tem como foco principal o estreitamento das relações entre nós e as comunidades assistidas”, conta Samuel dos Santos, fundador do Cidades Invisíveis. Inicialmente serão atendidas 278 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, distribuídos ao longo do ano em quatro turmas de informática, duas turmas de boxe, três turmas de futebol e seis oficinas de estética.
De acordo com a SEHAB - Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo, 1091 famílias vivem hoje no Jardim Panorama. A principal fonte econômica do local é o comércio de bares e mercados, além disso, muitas pessoas vivem de apoio social, e entre as atividades desenvolvidas atualmente na comunidade estão aulas de futebol, taekwondo, horta comunitária e distribuição de cestas básicas.
“Por ser geograficamente pequena, bem localizada e de fácil acesso, estou motivado no poder de transformação que teremos com nossas atividades, além de ações pontuais e do projeto R.U.A, que visa ressignificar o espaço com arte e urbanização”, conta animado Samuel.
As negociações com as lideranças levaram mais de nove meses para serem concluídas, foram feitas visitas no local onde foi possível conhecer a história do bairro e dos moradores, identificar deficiências e potencialidades para criar e desenvolver programas que se encaixam na realidade da população. Mas, para tudo isso se tornar concreto, é preciso de parceiros, e junto do Cidades Invisíveis, já apoiaram o projeto: Sindona Inc. , Paris Tintas, Placar, Salehtex, Softplan, Uol e Nou Colors.
Autor(a): Rosiley Souza
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