Um dos mais esperados eventos musicais de Florianópolis já tem data marcada: o 12º Floripa Jazz Festival ocorrerá de 1º a 03 de novembro, com uma programação que destacará a sonoridade do jazz e suas vertentes.
Já de início, o evento confirmou um show inédito no Estado: Marcos Valle e Azymuth sobem juntos ao palco no dia 02, às 21h30, no Teatro do CIC. O encontro promete reunir a sonoridade explosiva do jazz fusion brasileiro do grupo Azymuth que, desde 1970, tem se destacado como uma banda instrumental brasileira que funde criativamente elementos do samba, da bossa nova, do soul e do jazz fusion. Fundada por Alex Malheiros (baixo), Ivan Conti (bateria) e José Roberto Bertrami (piano), a banda construiu ao longo dos anos uma rica discografia, composta por 24 álbuns lançados tanto no Brasil, incluindo os notáveis "Azimuth" (Som Livre, 1975) e "Águia não come mosca" (WEA, 1977), quanto no Exterior, com destaque para "Telecommunication" (Milestone Records , 1983), "Crazy Rhythm" (Milestone Records, 1988) e "Fênix" (Far Out Recordings).
Atualmente, o Azymuth conta com a parceria do pianista Kiko Continentino, que dá continuidade ao som do saudoso Bertrami, falecido em 2012, e do baterista Renato Massa, que honra o som do inesquecível Ivan Conti (Mamão), falecido em 2023. Conforme explica Alex Malheiros, o baixista veterano, não por acaso, a palavra Azimuth em árabe antigo (alsamt) significa ‘caminho’, e acreditamos que o novo caminho para Azymuth está aberto e deve continuar. Como uma Fênix, devemos nos reerguer mais uma vez.
Considerado uma instituição da música brasileira, Marcos Valle possui uma trajetória ímpar, incluindo parcerias únicas com Edu Lobo, Dori Caymmi, João Donato, Roberto Menescal e tantos outros. Aos 80 anos, Valle é conhecido por sua capacidade de inovar e incorporar uma vasta gama de influências em sua música, combinando bossa nova, samba, jazz e até funk, e, com isso, criando um som que é ao mesmo tempo sofisticado e acessível. Álbuns como “Previsão do Tempo” (1966) e “Crickets Sing for Anamaria” (1967) são exemplos notáveis de seu talento para mesclar estilos de forma única.
Para o show no Floripa Jazz Festival, os músicos prometem apresentar ao público de diferentes gerações não apenas suas trajetórias, mas um pouco da história da música brasileira com destaque para seus estilos criativos, que inspiram gerações de músicos do Brasil e do mundo. "É um sonho antigo do festival trazer esse show para Santa Catarina pela primeira vez, pois são dois artistas fundamentais na história do jazz e da música brasileira, muito influentes no mundo inteiro e referência para vários artistas internacionais reconhecidos”, destaca Chico Abreu, curador do Floripa Jazz Festival.
Nas próximas semanas, o Floripa Jazz Festival anunciará mais nomes que estarão na 12ª edição do evento. Os shows serão realizados no Teatro do CIC e no centro da cidade, com ingressos gratuitos.
O Floripa Jazz Festival é uma realização da Tempestá Cultural. Incentivo da Celesc, Fort Atacadista e Tirol e por meio do Programa de Incentivo à Cultura de Santa Catarina - PIC.
Autor(a): Rosiley Souza
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