Adriana Althoff conta como transformou o Clube do Champanhe em grife
Self made woman, ela tem magnetismo pessoal e muito faro para os negócios
Natural de Floripa, Adriana Althoff é um exemplo de self made woman. Aos 49 anos, um filho de 29 recém-casado e dois ex-maridos, ela já passou por alguns dos endereços mais badalados do mundo desde a década de 1980. Mas o Clube do Champanhe, business que começou como um inocente encontro entre amigas em torno da bebida, permanece. E cada vez mais forte. Com presença na TV há mais de uma década e uma revista bimestral circulando há quatro anos, o Clube testou novamente seu poder de sedução na noite de 18 de setembro e não deu outra: recorde de 1.482 mulheres, de diferentes cidades do Estado, na festa assinada pelas Adris Althoff e Piazza, outra mulher-furacão da Ilha.
Foi o faro para os negócios e a imagem elegante e glamurosa transmitida por Adriana os ingredientes que transformaram o Clube em uma grife associada ao lifestyle de Floripa que muita gente quer surfar de pessoas a marcas. Muito antes de empresas de assessoria e marketing oferecerem a possibilidade de compra de mailings direcionados, Adri já tinha um dos cadastros mais poderosos do país, recheado de mulheres prontas a consumir bem mais do que champanhe. Hoje, o valioso mailing chega a seis mil nomes. Nas quase duas décadas de Clube, Adriana já circulou muito e, portanto, conhece bem o quem é quem da high.
O início na tevê
Trabalhei 11 anos na RBS TV. Também fiz um estágio na Globo, foi quando engravidei. Às vezes acho que se não tivesse engravidado estaria lá, tinha tudo para acontecer. Eu amo o jornalismo.
Clube do Champanhe
Há 20 anos o champanhe não era uma bebida muito comum. Então, em 1995 criei uma espécie de confraria com 10 amigas e nos encontrávamos para tomar champanhe. Elas quiseram trazer as amigas e viramos 20, de repente 30. Logo percebi que as pessoas tinham interesse e resolvi fazer um site, o que na época era pouco comum, para que as pessoas pudessem se cadastrar no Clube. Aí só cresceu: 100, 200, 300, 400 mulheres. Até os homens começaram a se cadastrar. Nessa altura reconheci que isso poderia ser um business. Mesmo no início, quando éramos 30 mulheres, os homens sempre davam um jeito de descobrir e de aparecer nos lugares. O Clube sempre gerou muito interesse nas pessoas.
O segredo do sucesso
Acho que o que fez dar certo foi o fato de eu ser uma pessoa conhecida, da área de comunicação e que gosta de fazer amizades. Somou também o fato de eu ter tido persistência e o apelo natural que a bebida tem. Nos primeiros eventos comerciais, eu trouxe a (promoter) Alicinha Cavalcanti, a Claudia Liz e palestras sobre champanhe. Uma marca que está com a gente desde sempre é a Chandon. Meu contato lá é o Davide Marcovitch (executivo da Möet, do gigante grupo do luxo LVMH). Recentemente o Davide contou que a festa do Clube é o único evento desse porte que eles apoiam no país.
Mulher multitarefas
No programa, por exemplo, eu cuido da produção, faço as pautas, chamo os entrevistados, monto o cenário. Eu tenho uma equipe, mas é uma equipe pequena. Contato comercial também é comigo. Desenvolvi meu lado marqueteiro por necessidade, tinha que fazer meu negócio render.
Maturidade
Eu estou numa fase muito boa. É claro que envelhecer não é legal, você começa a ver as rugas. Mas internamente é tão bom, a maturidade traz mais sabedoria, você aprende a ser mais humana.
Imagem X realidade
Muita gente pensa que eu estou sempre arrumada. Mas quando estou em casa gosto de estar de chinelo e camiseta. No ano passado eu saí pra ir a algum lugar aqui em Jurerê e encontrei pessoas que me disseram: “que engraçado eu nunca tinha te visto assim”. Foi tão natural que eu não me ofendi. Na verdade eu sou assim, só que a imagem que as pessoas têm é diferente.
Prazeres
Andar de bicicleta e viajar. Minhas cidades preferidas são Paris e Miami.
Consumo
Já fui mais consumista, hoje tenho parceiros que gostam de me ver usando roupas e acessórios das marcas deles. Também não tenho problema em repetir roupa, nem em comprar na Renner, mas adoro a Louis Vuitton (um dos cômodos da casa foi transformado em um repleto closet, já que os guarda-roupas do quarto não deram conta da quantidade de itens).